Cinema Purgatorio Annotato: volume 3, história 1: “Após Tombstone”
O site Cinema Purgatorio Annotato compilou apontamentos sobre Cinema Purgatorio, a série comandada por Alan Moore e Kevin O’Neill. É um guia para ler os contos da sala de cinema captando todas, ou quase todas, as referências que os autores despejam para contar a história macabra de Hollywood.
Traduzi o volume 3 de Cinema Purgatorio (Panini, outubro/2019, 152 páginas, disponível aqui) e, como não podia deixar de ser, me servi muito do Cinema Purgatorio Annotato. Perguntei aos dois responsáveis pelo site, Alexx Kay e Joe Linton, se podia traduzir os comentários e publicar aqui. Eles toparam.
Vale uma recomendação: leia a HQ, só a HQ, primeiro; depois leia com acompanhamento dos comentários. É melhor assim.
Cinema Purgatorio 7: “Após Tombstone”
(Annotations originais em inglês)
Obs.: Tem umas coisas que parecem óbvias, mas nunca se sabe quem vai ler estes comentários e o conhecimento que tem. Se deixamos alguma coisa de lado ou entendemos errado, avise nos comentários.
Visão Geral: Esta edição trata sobretudo do Tiroteio no O.K. Corral; em parte do evento histórico de 1881, mas mais de suas diversas adaptações cinematográficas, principalmente estes três clássicos do western:
- Paixão dos Fortes (My Darling Clementine, 1946) – assista no YouTube
- Sem Lei e Sem Alma (Gunfight at the O.K. Corral, 1957)
- A Hora da Pistola (Hour of the Gun, 1967) – assista no Youtube: parte 1, parte 2
Grossíssimo modo, o tiroteio se deu entre dois grupos:
- Os vencedores, representados como mocinhos: o agente Wyatt Earp (herói/protagonistas destes três filmes) acompanhado dos irmãos e de um amigo chegado no carteado, Doc Holliday.
- Os perdedores, representados como bandidos: o ladrão de gado Ike Clanton, os filhos de Clanton e os irmãos McLaury. Billy Clanton e os dois irmãos McLaury morreram.
A Capa Original
- A parte inferior da capa tem personagens de várias versões cinematográficas do Tiroteiro no O.K. Corral; eles aparecem em tom mais azulado. A metade superior da capa é uma plateia de cinéfilos; eles aparecem em tons de preto, branco e cinza.
- Na metade inferior, os personagens são os seguintes (separando em três colunas da esquerda para a direita, de cima para baixo)
- Coluna da esquerda: (voltados para a direita)
- No meio à esquerda, de chapéu com cordão e escopeta na mão: Victor Mature como Doc Holliday em Paixão dos Fortes (1946).
- À esquerda, cabelo e bigode escuro: James Garner como Wyatt Earp em A Hora da Pistola (1967).
- Esquerda inferior, cabelo e bigode brancos, pistola na mão: provavelmente Jason Robards como Doc Holiday em A Hora da Pistola (1967)
- Coluna do meio: (a maioria olhando para o nada)
- Fileira da frente, de chapéu e bigode: lembra o Wyatt Earp da vida real.
- O casal sentado atrás de Earp (ela de laço, ele de chapéu e cigarro) são Cathy Downs como Clementine Carter e Henry Fonda como Wyatt Earp em Paixão dos Fortes (1946).
- Homem armado olhando para a direita (agachado entre assentos): John Ireland como Billy Clanton em Paixão dos Fortes (1946).
- Coluna da direita: (a maioria voltada para a esquerda)
- Alto à direita, inexpressivo, olhando para a frente – Provavelmente DeForest Kelley como Morgan Earp em Sem Lei e Sem Alma (1957). DeForest Kelley, evidentemente, é mais conhecido por seu papel no Jornada nas Estrelas original. No episódio “O Último Duelo” (Spectre of the Gun), ele se envolve em uma versão sci-fi do O.K. Corral.
- No meio à direita, com olhos fixos e gravata estreita – Kirk Douglas como Doc Holiday em Sem Lei e Sem Alma (1957)
- Canto direito inferior, com buraco de bala na testa – Robert Ryan como Ike Clanton em A Hora da Pistola (1967)
- À direita, entre Kirk Douglas e Robert Ryan, de barba e chapéu de caubói – Walter Brennan como o Velho Clanton em Paixão dos Fortes (1946).
- Obrigado ao colaborador Charles pela ajuda nas identificações.
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quadro 2
- “Dopácula” faz referência a Béla Lugosi, mais conhecido pela sua interpretação de Drácula em 1931. O ator foi viciado em vários tipos de drogas no fim da vida.
quadro 4
- Ao lado do homem parrudo na fileira seguinte, com o gato (ou estátua de gato): pode ser Sidney Greenstreet, famoso pelo papel em O Falcão Maltês/Relíquia Macabra (The Maltese Falcon, 1941).
- O gato pode ser o mesmo que apareceu em CP 1, p. 4. Alguém quer chutar por que haveria um gato ou gatos no purgatório?
quadro 5
- “Paranorm Pictures”: nome e logotipo remetem à Paramount Pictures.
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quadros 1-2
- “Tombstone” refere-se a Tombstone, Arizona, cidade onde o tiroteio aconteceu.
quadro 3
- O cavaleiro é Morgan Earp (ver p3q3), aparentemente baseado na versão de DeForrest Kelley em Sem Lei e Sem Alma (1957). Morgan Earp aparece nos três filmes, mas em papéis coadjuvantes menores.
- O homem sentado é John Gray. Ver p3q2.
- A pose de Gray lembra Henry Fonda como Wyatt Earp em Paixão dos Fortes (1946).
- O cavalo do forasteiro (e John Gray), embora ajam normalmente, têm músculos e ossos à mostra. Isto valerá para todos os cavalos (e várias pessoas) nesta história.
quadro 5
- “Essas escarpa e esses planalto aqui, te parece Tombstone?” refere-se ao fato de a região em volta de Tombstone, Arizona, ser praticamente plana, com as Montanhas Rochosas visíveis a oeste. O cenário retratado nesta página é mais típico do Monument Valley (ver observação na próxima página).
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quadro 1
- O Monument Valley é um ponto turístico na fronteira entre Arizona e Utah onde se filmou muitos westerns. Sua geologia característica virou ícone do oeste norte-americano, embora esteja restrita a uma fração mínima daquela região.
quadro 2
- “John Gray” pode ser John P. Gray, suposta vítima do tiroteio (como ele afirma em p6q1), mas cujo depoimento aparentemente é desconsiderado. Deve ser por isso que Moore o escolheu de guia, pois parece que em vários momentos Moore faz ele opor-se ao registro histórico de propósito. Um narrador duvidoso numa história sobre relatos duvidosos?
quadro 3
- Morgan Earp era agente especial da polícia em Tombstone. Ele e os irmãos tiveram parte no tiroteio.
- “Tombstone, na fronteira do Utah” é referência, tal como citado acima, ao fato de o Monument Valley ficar na fronteira do Arizona com o Utah; a Tombstone histórica fica do outro lado do Arizona.
quadro 4
- “parede fica tudo mole por conta da chuva, dá até pra enfiar um dedo…”: provavelmente referência ao fato de Tombstone ser quase toda cenários de filmagem, não construções “de verdade”. Ver também p4q1.
quadro 5
- “Banhos”: placa que se vê em Paixão dos Fortes (1946) na frente da barbearia onde os Earp fazem a barba.
- A placa “[PREF]EITURA” parece ser um ponto comum a vários westerns, embora não apareça nos três filmes de Tombstone que esta edição homenageia. A placa estragada e semi-oculta da Prefeitura pode sugerir que a autoridade oficial de uma cidade é fraca ou inconsequente nestes cenários de foras da lei.
- “Cadeia”: Placa da cadeia que se vê na frente da sala do agente em Paixão dos Fortes (1946).
- A cadeira (aqui inclinada) é aquela em que Henry Fonda senta-se (e inclina-se) em Paixão dos Fortes (1946) – ver p2q3. A cadeira também aparece em Sem Lei e Sem Alma (1957), onde Burt Lancaster e outro homem da lei sentam-se e reclinam-se para observar Dodge City (também pode ser homenagem a Paixão dos Fortes.)
- “James Earp 1864-1882”: Lápide vista em Paixão dos Fortes (1946), quando seu assassinato acaba levando ao tiroteio (como aconteceu em Sem Lei e Sem Alma (1957)). Existiu um James Earp, mas ele não teve envolvimento algum no tiroteio e estas datas não são as de seu nascimento e morte; 1882 seria após o tiroteio no Corral, em 1881. Dizem analistas do filme que a placa anti-histórica não fazia parte da cópia original do filme e foi acrescentada numa remontagem pelo chefão da Fox Studio, Darry. F. Zanuck, supostamente para remanejar a motivação de Wyatt e dizer que seu irmão tinha só 18 anos quando foi assassinado.
- “Allen St.” é onde ficava o O.K. Corral. A placa é desenhada tal como aparece em Sem Lei e Sem Alma (1957). O evento histórico não se deu no Corral nem na Allen St.
- Acredita-se que o “Rancho Clanton” seja o ponto de encontro dos Caubóis. A placa vem de Sem Lei e Sem Alma (1957).
- “William Clanton”: William “Billy” Clanton foi morto no tiroteio. Seu corpo está à mostra no caixão, mas o caixão de verdade não corresponde ao desenhado aqui. Ele corresponde ao que aparece em A Hora da Pistola (1967).
- “Mansion House”: o hotel Mansion House foi um ponto importante em Paixão dos Fortes (1946).
- “Departamento do Oficial de Justiça”: Placa de A Hora da Pistola (1967). Em termos históricos, Virgil Earp era o oficial de justiça municipal na época do tiroteiro.
- “Boot Hill”: cemitério em Tombstone onde foram enterradas várias vítimas do conflito. A placa é de Sem Lei e Sem Alma (1957).
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quadro 3
- Os justiceiros fazem parte da história de Tombstone e mais ainda da sua mitologia. É difícil encontrar dados históricos porque os resultados no Google são tomados pela Tombstone Vigilantes Inc., que fazem linchamentos de mentirinha para turistas.
- “As mina de prata nos oitocentos e setenta” – Tombstone foi fundada por mineiros em fins dos anos 1870. A cidade estourou de gente e, em 1881, tinha população de mais de 7000 e vários bordéis.
- “Dono da casa de aposta” está inexato no sentido histórico. Wyatt não era o dono do Oriental Saloon, mas com certeza foi jogador profissional no saloon.
- “Wyatt Earp” e “Virgil Earp” eram outros irmãos Earp, agentes da lei que participaram do tiroteio. O Sr. Gray está simplificando quem tinha o cargo e quando (como Hollywood costuma fazer); na história real, os vários irmãos Earp passaram por vários cargos neste período.
- “Ô duplinha corrupta e malquista” refere-se às alegações de que os Earp faziam a lei valer para eles. Eles eram malquistos (em termos gerais) pelos bandidos rurais do sul, mas eram benquistos (simplificando, mais uma vez) pelos empresários urbanos do norte.
- Na frente do barman está John Ireland como Billy Clanton em Paixão dos Fortes (1946). (Ver foto nas anotações sobre a Capa Original.)
- Ao lado de Ireland, de bigode, deve ser outro Billy Clanton, mas nenhum dos atores que fez Billy nos três filmes usava bigode.
- Atrás de Ireland, sem chapéu e barba por fazer, parece ser outro John Ireland, de alguns anos depois, interpretando o membro ficcional da gangue Clanton John Ringo em Sem Lei e Sem Alma (1957).
- Atrás de Ireland, com barba e chapéu: Walter Brennan como o Velho [Ike] Clanton em Paixão dos Fortes (1946). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
- O grisalho na esquerda inferior: Robert Ryan como Ike Clanton em A Hora da Pistola (1967). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
- Homem de cabelo escuro na esquerda inferior – ???
quadro 4
- “John Ireland”: Ver acima.
- “Dois Ike” seriam Brennan e Ryan, do q3.
quadro 5
- “A verdade verdadeira é que os Clanton sabia dos crime dos Earp e por isso que fizero eles de vítima” é discutível. A verdade histórica costuma ser polêmica, mas a Wikipédia (em inglês) diz praticamente o oposto: os Earp sabiam dos crimes dos Clanton, e por isso que os Clanton ameaçaram os Earp de morte várias vezes.
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quadro 1
- No fundo, vemos dois Billy Clantons (?) indo para o balcão.
quadro 2
- No primeiro plano, vemos os dois Billy e Ike saindo. (O outro Ike provavelmente está fora do quadro, à esquerda).
- “O Holiday roubou diligência…” refere-se ao fato de Holiday ter sido acusado deste crime, e os Earp ajudaram-no a ser inocentado. Mas todas as provas sugerem que ele foi enquadrado por um inimigo político. O promotor público retirou as acusações e taxou o caso de “ridículo”.
quadro 3
- À esquerda, de olhos fixos e espingarda: Kirk Douglas como Doc Holiday em Sem Lei e Sem Alma (1957). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
- No meio, embaixo, de costas, com espingarda – Desconhecido.
- À direita, fora de quadro, com pistola de cano longo: Provavelmente Burt Lancaster em Sem Lei e Sem Alma (1957). Ele está com uma pistola igual na cena, mas não no tiroteio do clímax.
- Mais à direita, de cabelo e bigode branco: Provavelmente Jason Robards em A Hora da Pistola (1967). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
- À esquerda de Jason Robards, com o chapéu com cordão: Victore Mature como Doc Holliday em Paixão dos Fortes (1946). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
- À esquerda de Victor Mature, com chapéu de caubói e bigode: Henry Fonda como Wyatt Earp em Paixão dos Fortes (1946).
- À esquerda de Henry Fonda, com gravata de laço: ???
quadro 5
- “Será que eu fui Morgan no cinema?” aparentemente refere-se a DeForest Kelley como Morgan Earp em Sem Lei e Sem Alma (1957). (Ver foto nas anotações sobre a Capa.)
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quadro 2
- A placa do O.K. Corral vem de Paixão dos Fortes (1946).
quadro 3
- “Os Clanton, meio bêbado” faz referência ao fato de que Ike Clanton havia bebido muito na noite anterior e manhã adentro. Billy, contudo, não parece ter bebido muito, se é que bebeu.
- “começar a atirar na mesma hora” não fica claro em termos históricos. A dúvida de quem atirou primeiro é muito discutida.
- “Troço que leva uns cinco segundos” chama atenção de como Hollywood prolonga o tiroteiro para 5 a 20 minutos, enquanto que, historicamente, o conflito levou por volta de trinta segundos.
- A placa do O.K. Corral vem de Sem Lei e Sem Alma (1957).
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quadro 1
- “Quem inventou o oeste…” – A Hora da Pistola (1967) começa com a frase “ESTE FILME BASEIA-SE EM FATOS. FOI ASSIM QUE ACONTECEU.” Embora este filme tenha sido mais preciso que os outros em termos históricos, é evidente que ele fugiu da realidade em vários pontos, incluindo a própria cena em que esta frase aparece.
- “Bill Cody” ou “Buffalo Bill” foi um dos heróis de maior fama do Velho Oeste, cujas “aventuras” eram quase todas fictícias.
quadro 2
- “Em 83… só veio turista”: A mineração de prata prosseguiu por muitos anos além do que é dito aqui, mas em declínio. Não fica claro quando que Tombstone virou ponto turístico; o tiroteio só começou a aparecer a sério na cultura pop nos anos 1920. Hoje o turismo baseado no tiroteio é um grande negócio em Tombstone.
quadro 3
- “Daqui seis mês…” – Virgil Earp foi baleado em 28 de dezembro de 1881; embora ferido, ele recuperou-se e viveu até 1905. Morgan Earp foi baleado e morto em 18 de março de 1882. Wyatt Earp viveu mesmo até 1929.
- Tom Mix foi um ator caubói de imensa fama no início do século 20. Era amigo de Wyatt Earp e chegou a carregar o túmulo no funeral de Earp.
- John Ford foi diretor de Paixão dos Fortes (1946), referência importante desta edição.
- O homem de chapéu com o bigode cinza curvo e barba por fazer na direita inferior é o ator Ward Bond, que interpretou Morgan Earp em Paixão dos Fortes (1946). Ward Bond teve papéis menores em duas versões cinematográficas prévias do O.K. Corral, O Último Favor (1934) e A Lei da Fronteira (1939) (ambos chamam-se Frontier Marshall no original). Ele também participou de Uma Cidade que Surge (Dodge City, 1939), livremente baseado na vida de Wyatt Earp.
quadro 4
- “sempre nas rota do nosso pôr do sol de sangue” – Era costume, a ponto de virar clichê, os western terminarem com o personagem cavalgando rumo ao pôr do sol.
- A frase original “lighting out to our ensanguinated sunset” também pode ser referência ao livro Lights Out for the Territory, de Iain Sinclair (amigo de Moore), cujo título em si refere-se ao final do Huckleberry Finn de Mark Twain.
quadro 5
- Esta placa de O.K. vem de Sem Lei e Sem Alma (1957).
- “duas famílias” – Houve consideravelmente mais que duas famílias envolvidas, embora tenda-se a focar a atenção nos Clanton e nos Earp.
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quadro 1
- A mulher que aparece aqui é a “lanterninha manca”.
quadro 2
- “Joan Sims – Com Jeito Vai… À Falência” – Joan Sims foi uma atriz britânica, mais conhecida pelo trabalho na série de comédias “Com Jeito Vai” [Com Jeito Vai… Gritando, Com Jeito Vai… Campista, Com Jeito Vai… Na Pândega e outros são os título portugueses, pois os filmes pouco chegaram ao Brasil]. Ver também quadro 5.
quadro 4
- “Lua de Fel ao Meio-Dia” [The Family Weigh no original] provavelmente seja ironia com a comédia Lua de Mel ao Meio-Dia (The Family Way, 1966).
quadro 5
- O retrato de Joan Sims aqui parece basear-se neste:
- “Podíamos ter lhe dado dinheiro… precedente” refere-se ao fato de que Sims recebeu apenas £2.500 pelos filmes Com Jeito Vai… Paul Evans, nos comentários, observa que isto ecoa os acordos de Moore com os editores da 2000 AD: “nunca que eles vão me devolver Halo Jones, porque, se fizerem uma coisa dessas, vão ter que dar Juiz Dredd para Pat Mills e John Wagner” (The Extraordinary Works of Alan Moore, página 59).