Onanismo Mágico Invisível
De todos os métodos à nossa disposição, o mais fácil e rápido é o de fixar a imagem do sigil na nossa mente no momento do orgasmo. Se você não for adepto do sexo tântrico, a masturbação tende a ser o jeito mais fácil para alcançar esse foco; é uma coisa privada, confiável e a maioria aqui já é especialista.
Um dos meus grandes orgulhos como tradutor acaba de ser publicado: a mítica carta de 1995 em que Grant Morrison convidava os fãs a fazer um experimento mágico para que Os Invisíveis não fosse cancelada.
Está tudo aqui, no blog oficial Panini Vertigo. Com direito ao sigil criado por Morrison e reconstituído pela minha honorável esposa.
O mais interessante é saber que o experimento deu certo: a série teve continuidade até o fim planejado, cinco anos depois, e hoje é comentada e relida e analisada e republicada.
O caso é que – assim como está acontecendo agora na republicação brasileira – Os Invisíveis é bastante complicada no início. Complicada no sentido de chatinha. Até os críticos que dedicaram livros a Morrison e à série concordam que é difícil entender o sentido do primeiro ano (ou de todo o tomo inicial, que engloba três volumes encadernados). Mas quando ele se encaixa com o restante da série, vale a pena. Confie.
Da minha parte, não participei do experimento onanístico porque, nos meus 15 anos (ok, não conscientemente), mal sabia o que era Invisíveis e ninguém baixava gibi na internet. Só uma capa como essa abaixo levaria uns bons minutos para carregar. Até onde sei, nem Morrison nem mais ninguém propôs experimentos que nem este desde aquela época. E que época.