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1 Real (Lançamento Curioso 7)

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Um álbum quase sem palavras, voltado para crianças com um pouquinho de bagagem, de um autor espanhol inédito no Brasil? Mas é quase a definição de lançamento curioso.

1 Real pode ter a mão um pouco pesada na “mensagem”: Federico Delicado compara a vida de um menino que limpa parabrisas no semáforo com a de uma garotinha mimada que tem uma babá para cumprir todas suas vontades. Mas, como falei acima, é para um público juvenil e, dentro desse universo de “mensagens”, tem até certas ousadias.

A principal ousadia é justamente não haver texto. Há seis capítulos nomeados (“ele”, “ela”, “juntos”, “o retorno”, “o despertar”, “o reencontro”) e, fora o título, o texto fica por aí. O autor conseguir contar uma história comprida – com bom enredo, com sequências oníricas e metáforas – com clareza serve de aula de quadrinho mudo.

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Federico Delicado tem uma carreira na ilustração que começa nos anos 1970, com duas dezenas de livros na Espanha – a maioria infantis ilustrados. Este ano ganhou uma honraria importante no país, o Premio Internacional Compostela de Álbum Ilustrado, pelo álbum Ícaro. 1 Real saiu no original em 2010.

A publicação brasileira é da Pulo do Gato, editora especializada em literatura infanto-juvenil que eu vi nascer, mas só retomei o contato agora que ela já está grandona, indo pro colégio e inventando suas músicas. Nem sabia, por exemplo, que haviam lançado Harvey, de Hervé Bouchard e Janice Nadeau, álbum canadense dos mais especiais (e que foi devidamente reconhecido aqui com prêmios). Para quem gosta de livros infantis ou de ilustração, vale a pena passar alguns minutinhos fuçando o catálogo.

Mais sobre 1 Real (incluindo preview)

Mais sobre Federico Delicado

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CONVERSANDO

Cem Colunas

Faz alguns dias que saiu no Blog da Companhia a coluna “Seis Propostas para o Quadrinho Brasileiro”. Era um texto no qual eu vinha pensando há uns dois meses, a partir de ideias e conversas antigas. Fiquei guardando porque achei que seria interessante como texto comemorativo das minhas 100 colunas. Pois é, já foram 100. Comecei lá em maio de 2010 e até recentemente era quinzenal – agora é mensal. Teve vezes que foi uma ideia fermentada durante semanas, outras em que foi puro [ . . . ] LEIA MAIS

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Lambiek por acaso

Acordei e o avião estava girando. Pela janela, tinha um mar de nuvens. No centro do mar de nuvens, tinha um caldeirão com mais nuvens de forro. Havia aviões circundando o circuito do caldeirão. Às vezes um, às vezes três, e uma hora vi quatro bem longe, bem pequenos, mas identificáveis em asa, cauda, corpo. Quantos quilômetros de diâmetro tinha esse caldeirão pra ver mega-jumbo-jatos pequeninhos de tão longe? Queria ser mais inteligente pra calcular. O caldeirão ficava em cima [ . . . ] LEIA MAIS

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DIVERSOS

Franz na Cabeça

Pois é, o cabeçalho mudou. E mudará com alguma frequência. Da próxima vez eu explico na hora em que mudar. A nova ilustração é do Pedro Franz. Aqui tem mais informações sobre o Pedro, fora dizer que ele mora a poucas quadras da minha casa e já foi meu anfitrião em várias oportunidades. Já escrevi sobre isso. Valeu, Pedro! E pela ilustração também. Os ilustradores têm liberdade total para interpretar A Pilha e o que deve ser o cabeçalho d’A [ . . . ] LEIA MAIS

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TRADUZINDO

Byrne Moderno

Sai esta semana. E compra-se aqui. O gibi mais antigo na minha coleção, quando eu era criança, era um Capitão América de 1983 que meus pais compraram só para eu ler as figurinhas. Não tinha capa nem as primeiras páginas, e já entrava numa história do John Byrne. Talvez minha fixação venha daí. Já escrevi sobre minha fixação byrneana. Sinceramente, passei anos de infância colocando ele em outro patamar, inalcançável pelos outros desenhistas de gibi. Deve ser o autor que eu [ . . . ] LEIA MAIS

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