O Árabe do Futuro (Lançamento Curioso 4)
Riad Sattouf é um dos nomezinhos mágicos que surgiu nos quadrinhos franceses na última década. Colega de estúdio de Joann Sfar e Christophe Blain, também com um estilo cartunesco que fugia-ao-mas-virou-mainstream francês, ele teve alguns sucessos de público que acabaram virando sucesso de crítica – o Fauve d’Or de 2010 de Angoulême foi dele, pelo terceiro volume da série Pascal Brutal.
L’Arab du Futur saiu em maio na França e anda bastante comentado por lá. É autobiográfica. Apesar de ter nascido em Paris, de mãe francesa, Sattouf tem pai sírio e passou a infância na Síria e na Líbia em períodos de ditadura forte e ideais fortes de panarabismo (do qual o pai era defensor). É esta infância que ele conta neste volume e em pelo menos mais um próximo.
Aqui o álbum sai no ano que vem, curiosamente pela Intrínseca – editora forte que nunca deu bola para quadrinhos (fora as adaptações de Crepúsculo e Percy Jackson para HQ). Ainda não foi anunciado tradutor nem data certa, mas até já saiu entrevista com o autor n’O Globo. Fica a impressão de que L’Arabe du Futur circulou bem em Frankfurt ou similares, possivelmente vendido como “novo Persépolis“.
O original tem 160 páginas coloridas. Aqui você confere um preview do primeiro capítulo.
Sattouf, assim como Joann Sfar, começou carreira recente como roteirista e diretor de cinema. Fez duas comédias: Les Beaux Gosses e, este ano, Jacky au Royaume des Filles (sobre um país matriarcal onde os homens usam uma espécie de burka e só cumprem a função de reprodutores). É curioso ver essa tendência do cinema francês recorrer aos quadrinistas, seja direta (Sattouf, Sfar, Marjane Satrapi) ou indiretamente (Azul é a cor mais quente, Quai d’Orsay).
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